domingo, 2 de dezembro de 2012

Um mundo sem amor


Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, Mateus 24:12 - NVI 

O evangelista Mateus anteviu uma realidade que aconteceria nos dois mil anos depois de sua existência. Inspirado pelo Espírito Santo ele proclama algumas marcas que veríamos que evidenciariam a parousia (a volta de Jesus). Vários acontecimentos antecederiam mostrando a proximidade deste tempo. Dentre as evidências são: falsos Cristos, guerras e rumores de guerras, nação se levantando contra outras nações, reinos contra reinos, fome e terremotos. O evangelista diz que estes eventos seriam apenas o “inicio das dores (Mt. 24: 8)”. Ou seja, não seria o fim. Prosseguindo sua narrativa ele alerta os cristãos dizendo: Vocês serão odiados, perseguidos e condenados à morte, haverá traições, muitos se escandalizarão, surgirão falsos profetas e enganarão a muitos, e por fim, “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”. Não podemos definir datas quanto à volta de Jesus. A escritura nos diz que: “Ele virá como ladrão (Ap. 3: 3)”, ou “como um relâmpago que sai do oriente e se mostra no ocidente( Mt. 24: 27)”, virá como nos dias de Noé (Mt. 24: 37-38) ”. Em dois mil anos de história vimos muitas guerras ( só na Europa houve mais de 300 guerras nesses últimos 300 anos). Tentarmos imaginar quantos falsos Cristos houve ou quanto falsos profetas que já existiram ou existem. Embora existam evidências visíveis desta profecia, não obstante, não podemos arriscar em dizer quando será este tempo”. Todos estes eventos, “são degraus que conduzem a etapa final” (palavras do comentarista Bíblico William Hendricksen). Mas conquanto, isso seja verdade, evidenciamos um momento muito peculiar quanto ao verso 12 de Mateus 24 “o crescimento da maldade e a falta de amor entre os homens. Ou seja, a vida perde o valor, pessoas são insignificantes, mais vale um par de tênis do que uma vida. O conceito de família se perde, relacionamentos são insignificantes. A todo tempo nos deparamos com crianças e velhos passando fome, contudo isto não mais nos sensibiliza. Notícias de mortes trágicas não nos abalam mais. Pais que matam filhos, e filhos que matam pais torna-se coisa normal. Não temos misericórdia por um irmão que sofre ou que padece diante de uma necessidade. Estamos demasiadamente preocupados apenas conosco. Afinal, temos que pensar no nosso bem estar, no meu conforto, no meu carro, na minha casa, no meu salário, nas minhas riquezas. Tenho que investir no meu lazer. Repartir! Não penso nisso! Conquistei com meu esforço, e tudo que tenho é para mim. Este é o pensamento de um mundo sem amor. Sem Amor a Deus e sem amor ao próximo. Mas diante deste quadro horripilante, Mateus nos adverte: “mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Mateus 24:13”. Não podemos corroborar com um mundo sem amor. Precisamos “PERSEVERAR”, precisamos fazer a diferença. O alerta do evangelista é que este amor se esfriará em MUITOS, o texto não diz em TODOS. Creio que aqueles que estão fora deste “MUITOS” é a igreja. O marco da igreja sempre foi andar “contra a corrente do mundo”. Logo, num mundo sem amor, nós precisamos demonstrar amor. Num mundo sem misericórdia, nós precisamos demonstrar misericórdia. Num mundo em que não existe perdão, nós como igreja precisamos perdoar. Num mundo em crise e sem referencial, o nosso referencial será sempre o amor de Deus por nós. Vamos fazer aquilo que Jesus nos ensinou no sermão das Bem aventuranças, que é viver na contramão do mundo. O mundo pode estar sem amor, mas a igreja ainda precisa continuar a amar vidas. Persevere em continuar a amar mesmo que você viva num mundo sem amor. 
Rev. Régis Silva

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