terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Credibilidade de uma igreja

Hoje, infelizmente dentro do contexto evangélico, vivemos uma falta de credibilidade 
quanto aos termos “crente”, “evangélico”, “protestante”. Antes, talvez até uns 20 anos
atrás, quando um homem ou mulher dizia “eu sou crente” , isto era sinônimo de 
caráter e de boa fé. Mormente, não podemos dizer a mesma coisa nos dias atuais. 
Muitos associam a terminologia “crente”, a falta de caráter, a caloteiros, ladrões, 
fanáticos etc. A credibilidade se conquista através da vida e não do discurso. Existem
muitos discursos emocionantes de serem ouvidos em muitos púlpitos como 
“milagres” e “experiências sobrenaturais acontecendo na vida de muita gente” 
[creio que Deus faz realmente], contudo, na prática diária tais crentes não 
demonstram estar tão afinados com Deus como discursam. Pessoas que deveriam 
ter uma vida cristã ilibada, infelizmente, estão deixando muito a desejar. Como ter 
credibilidade se continuamente tem-se visto casais de namorados “crentes” saindo 
de motéis? Como ter credibilidade se “políticos crentes” roubam tanto quanto os que 
não o são? Como ter credibilidade se “crentes” pegam dinheiro emprestado e não 
pagam? Como ter credibilidade se não há um bom testemunho daquele que deveriam 
ser exemplo de vida para muita gente? Cantam na igreja “Jesus Cristo mudou o meu 
viver”, mas fora dela continua nas mesmas práticas servindo tão somente a 
concupiscência da carne. A credibilidade da igreja depende de alguns fatores que 
são preponderantes, como: 

1) Santidade do povo de Deus – pessoas desejarão conhecer e frequentar uma 
igreja em que percebem que dentro daquele público existem pessoas falhas, porém
transformadas 

pelo poder de Deus, que ainda pecam, mas não são mais escravas do pecado;

2) A credibilidade de uma igreja – depende de uma pregação genuína da Palavra 
de Deus. Não um discurso de “toma lá da cá”, de “barganha com Deus”; 

3) A credibilidade de uma igreja depende – da ação do Espirito Santo no meio 
dela, fato que acontece quando o buscamos e vivemos em santidade; 

4) A credibilidade de uma igreja – depende do amor em que demonstramos em 
ações e em palavras uns para com os outros, sejam crentes ou não. A credibilidade
da igreja – depende então de cada um de nós sermos muito mais do que “crentes”,
precisamos ser é na verdade Cristãos. A credibilidade da 8ª IPJF depende de suas
 atitudes tanto dentro quanto fora desta igreja. A seriedade desta igreja será vista 
através da seriedade da sua vida cristã diária.

Rev. Régis Silva
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Chamados para influenciar

Quando olhamos para o passado da igreja cristã, percebemos que ela comumente tinha um grande poder influenciador na vida de toda uma geração. Isto não é um caso apenas neo-testamentário, no AT. vemos Israel fazendo com que todos os outros povos olhassem para ela e ao mesmo tempo levava o seu poder de influência aos outros povos. Isso é o que chamamos na teologia de visão centrípeta e centrífuga. Percebemos tal fato nas palavras de Raabe quando Josué manda os espias a Jericó. Aquela meretriz reconhece que o Deus que aquele povo servia era o grande e o verdadeiro Deus, e por isso ela diz: “"Sei que o Senhor lhes deu esta terra. Vocês nos causaram um medo terrível, e todos os habitantes desta terra estão apavorados por causa de vocês. Pois temos ouvido como o Senhor secou as águas do mar Vermelho perante vocês quando saíram do Egito, e o que vocês fizeram a leste do Jordão com Seom e Ogue, os dois reis amorreus que aniquilaram. Quando soubemos disso, o povo desanimou-se completamente, e por causa de vocês todos perderam a coragem, pois o Senhor, o seu Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra.” Josué 2:9-11. Olha só, havia pânico por parte de outros povos ao saberem que o povo de Deus se aproximava, e por saberem que estavam do lado errado a derrota para eles era uma realidade que seria eminente. Que autoridade tinha o povo de Deus! No N.T. encontramos o nosso mestre Jesus, e juntamente com ele 12 homens separados pelo mesmo, que juntos, conseguiram virar a mesa de um dos maiores impérios que já existiram, o Império Romano. Em Atos do apóstolos vemos a igreja avançando com autoridade e poder, e nada poderia impedir este avanço e tamanha influencia de homens e mulheres chamados por Deus para implantarem o Seu Reino aqui na terra. Mesmo sob ameaças, mesmo sendo jogado aos leões, mesmo diante dos açoites e prisões e mártires a igreja continuava influenciando e crescendo. (Atos 4; 5; 7 8 etc.). E hoje, cadê a influência da igreja? Na política, nos padrões familiares, na ética, no caráter, na fidelidade. Às vezes estamos tão confundidos quanto o mundo, às vezes estamos tão divididos e individualista tanto quanto os que estão fora da igreja. Temos liberdade de andarmos com a nossa Bíblia na mão, temos liberdade de professar a nossa fé, temos liberdade de irmos à alguma igreja e ali congregarmos e expressarmos em que e em quem nós cremos. Mas cadê a influência da igreja? É triste a declaração que estou por fazer, mas bem sabemos que estamos muito mais sendo influenciados do que sermos influenciadores. Pense! Quantas pessoas estão na igreja por sua causa? Como as pessoas te veem no seu trabalho, na sua escola, na sua faculdade ou no seu lar? Qual a influência da sua vida nessa sociedade corrompida pelo pecado? Pense bastante sobre isso! Pois quero lembra-lo sobre algumas palavras de Jesus para nós: “"Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. "Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus". Mateus 5:13-16. Lembre-se! Fomos chamados para sermos deferentes, e convidar a outras pessoas que sejam tão diferentes quanto nós somos. A grande marca da igreja é amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos.

Rev. Régis da Silva
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domingo, 2 de dezembro de 2012

Um mundo sem amor


Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, Mateus 24:12 - NVI 

O evangelista Mateus anteviu uma realidade que aconteceria nos dois mil anos depois de sua existência. Inspirado pelo Espírito Santo ele proclama algumas marcas que veríamos que evidenciariam a parousia (a volta de Jesus). Vários acontecimentos antecederiam mostrando a proximidade deste tempo. Dentre as evidências são: falsos Cristos, guerras e rumores de guerras, nação se levantando contra outras nações, reinos contra reinos, fome e terremotos. O evangelista diz que estes eventos seriam apenas o “inicio das dores (Mt. 24: 8)”. Ou seja, não seria o fim. Prosseguindo sua narrativa ele alerta os cristãos dizendo: Vocês serão odiados, perseguidos e condenados à morte, haverá traições, muitos se escandalizarão, surgirão falsos profetas e enganarão a muitos, e por fim, “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”. Não podemos definir datas quanto à volta de Jesus. A escritura nos diz que: “Ele virá como ladrão (Ap. 3: 3)”, ou “como um relâmpago que sai do oriente e se mostra no ocidente( Mt. 24: 27)”, virá como nos dias de Noé (Mt. 24: 37-38) ”. Em dois mil anos de história vimos muitas guerras ( só na Europa houve mais de 300 guerras nesses últimos 300 anos). Tentarmos imaginar quantos falsos Cristos houve ou quanto falsos profetas que já existiram ou existem. Embora existam evidências visíveis desta profecia, não obstante, não podemos arriscar em dizer quando será este tempo”. Todos estes eventos, “são degraus que conduzem a etapa final” (palavras do comentarista Bíblico William Hendricksen). Mas conquanto, isso seja verdade, evidenciamos um momento muito peculiar quanto ao verso 12 de Mateus 24 “o crescimento da maldade e a falta de amor entre os homens. Ou seja, a vida perde o valor, pessoas são insignificantes, mais vale um par de tênis do que uma vida. O conceito de família se perde, relacionamentos são insignificantes. A todo tempo nos deparamos com crianças e velhos passando fome, contudo isto não mais nos sensibiliza. Notícias de mortes trágicas não nos abalam mais. Pais que matam filhos, e filhos que matam pais torna-se coisa normal. Não temos misericórdia por um irmão que sofre ou que padece diante de uma necessidade. Estamos demasiadamente preocupados apenas conosco. Afinal, temos que pensar no nosso bem estar, no meu conforto, no meu carro, na minha casa, no meu salário, nas minhas riquezas. Tenho que investir no meu lazer. Repartir! Não penso nisso! Conquistei com meu esforço, e tudo que tenho é para mim. Este é o pensamento de um mundo sem amor. Sem Amor a Deus e sem amor ao próximo. Mas diante deste quadro horripilante, Mateus nos adverte: “mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Mateus 24:13”. Não podemos corroborar com um mundo sem amor. Precisamos “PERSEVERAR”, precisamos fazer a diferença. O alerta do evangelista é que este amor se esfriará em MUITOS, o texto não diz em TODOS. Creio que aqueles que estão fora deste “MUITOS” é a igreja. O marco da igreja sempre foi andar “contra a corrente do mundo”. Logo, num mundo sem amor, nós precisamos demonstrar amor. Num mundo sem misericórdia, nós precisamos demonstrar misericórdia. Num mundo em que não existe perdão, nós como igreja precisamos perdoar. Num mundo em crise e sem referencial, o nosso referencial será sempre o amor de Deus por nós. Vamos fazer aquilo que Jesus nos ensinou no sermão das Bem aventuranças, que é viver na contramão do mundo. O mundo pode estar sem amor, mas a igreja ainda precisa continuar a amar vidas. Persevere em continuar a amar mesmo que você viva num mundo sem amor. 
Rev. Régis Silva
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sábado, 1 de dezembro de 2012

Vencendo o desanimo




Vez por outras somos tomados pela sensação de desânimo. Por que isso acontece? Vários fatores podem ser preponderantes para que isso ocorra. O cansaço devido à correria do dia a dia, o não alcançarmos projetos que tanto nós sonhávamos. Quando sofremos traição por parte de pessoas que confiávamos. Problemas na igreja, problemas na família, injustiças etc. Tudo isso, e muito mais pode ser o desencadeador dessa sensação que tem a capacidade de nos paralisar. Quando nos encontramos dentro desse contexto, naturalmente não conseguimos produzir o que deveríamos, deixamos de trabalhar, deixamos de nos envolver com a igreja, deixamos de sonhar, deixamos de cuidar até de nossa família, e deixamos de lado também a nossa intimidade com Deus. Ao passearmos pelas Escrituras encontraremos vários personagens que passaram por problemas como esses, e por isso, experimentaram TEMPORARIAMENTE essa sensação horripilante. Friso a palavra TEMPORARIAMENTE porque um cristão de verdade não esta blindado contra esse mal, porém, ele não pode viver em função deste mal. Davi, no Salmos 42 por duas vezes ele se pergunta “porque estás batidas, ó minha alma? Por que te perturbas dentro em mim” (V. 5 e 11) . Um pouco mais a frente ainda fazendo uma autoanálise de sua situação ele faz a seguinte indagação: “Porque hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?” (v 9). A resposta que ele enxerga diante do problema que vivenciava estava em Deus, e por isso ele diz: “ espera em Deus, pois ainda o louvarei a ele, meu auxílio e Deus meu”...(v5 e 11). Outro personagem que a Bíblia desnuda a sua alma mostrando também momentos de desanimo foi o profeta Elias após confrontar os profetas de Baal ( deus da fertilidade) no monte Carmelo (I Rs. 18: 20-40). Elias teve uma vitória esplendorosa diante de seus inimigos. Não obstante, após receber uma mensagem de Jezabel (esposa de Acabe e filha do rei de Tiro e Sidom ) com os seguinte dizeres: “façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles...” (I Rs. 19: 2). Diz o texto que diante de tal infâmia a reação de Elias foi “TEMER” (I Rs. 18: 3). Bateu um desanimo no coração do profeta, e ele esqueceu-se rapidamente que havia enfrentado 450 profetas de Baal e os 450 profetas do póste-ídolos (I Rs. 18: 19) e os vencidos. E agora, ele fica desanimado por causa da ameaça de uma mulher e foge para deserto, fica debaixo de um zimbro e pede a morte! Depois dorme e dorme! Que desânimo experimentou o profeta de Deus! Mas Deus não permite que seu povo permaneça assim. A palavra de Deus para Elias foi: “ LEVANTA E COME” (I Rs. 19: 5). Deus o chama de novo para a ação. O lugar de Elias não era ali, ele foi chamado para a obra e a obra não se faz dormindo, escondido e lamentado as intempéries da vida. Após, Deus provê pão e água para o profeta para que ele tenha forças para continuar a sua jornada profética. Mas ele volta a dormir, e por isso mais uma vez o anjo lhe chama e diz “LEVANTA-TE E COME, porque o caminho te será sobremodo longo” (I Rs. 19: 8). O desânimo não pode paralisar a nossa vida cristã! Precisamos continuar a nossa caminhada, mesmo sabendo que haveremos de ter muitos desafios em nossas vidas. A certeza que temos é que Deus nos sustenta nessa caminha. Ele provê “pão e água”! Caso você seja alguém que está experimentando um momento de desânimo, então, está na hora de você se levantar, e continuar a sua caminhada cristã independente dos desafios, independente das ameaças, independente dos problemas que haveremos de enfrentar. Paulo nos deixa a seguinte recomendação quando nos sentimos prostrados: “De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo”. (2 Coríntios 4:8-10). Levante-te! Elias levantou-se, retomou o seu ministério e caminhou 40 dias, após essa ação, ele descobre que não estava sozinho pois havia em Israel 7 mil joelhos que não se dobraram a Baal (I Rs. 19: 18). Essa é a hora de você também se levantar, alimentar-se, saciar a sua sede e descobrir que você não está sozinho nesta caminha e retomar de um onde você parou. Deus está conosco! Jogue fora o desânimo!

Rev. Régis Silva 
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

De volta ao primeiro amor

Nestes dias ao fazer minha leitura diária, me deparei no livro de Apocalipse capítulo 2 do verso 1 ao verso 7. Confesso que já havia lido por diversas vezes esta passagem no decorrer da minha caminhada cristã. E sempre ela tem falado comigo, contudo, desta vez, me senti muito mais incomodado do que as experiências anteriores. João tece vários elogios a Igreja de Éfeso, dizendo: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus... tens perseverança, e suportastes provas por causa do meu nome e não deixastes esmorecer...” Até aí tudo bem! Parece que a igreja caminhava “vento em polpa”, mas o propósito do apóstolo não era apenas tecer elogios, João fala também de consertos que deveriam ser realizados naquela igreja. O contexto em que esta carta é escrita é de demasiada perseguição a todas as igrejas, e Éfeso não estava fora deste contexto. Imagina, Éfeso era a cidade mais importante da província Romana da Ásia ocidental. Esta cidade era considerada como um centro comercial, como também uma referência religiosa devido ao culto ao imperador ( eram considerados como “deuses”). Não obstante a este quadro, parece que a igreja de Éfeso tirava tudo isso de “letra”. Estavam firmes na fé, rejeitavam o mal, eram pacientes, tinham testemunho, porém, esta igreja havia abandonado algo muito importante, o primeiro amor. Eles não tinha mais aquele fervor para fazer a obra de Deus. Talvez faziam os serviços cristãos de forma automática, “faz porque tem que fazer”. Como acostumamos dizer em nossos dias “levavam um cristianismo empurrando com a barriga”. Se porventura olharmos a nossa volta e olharmos para nós mesmos, e se houver hombridade de nossa parte, reconheceremos que não estamos muito distantes da realidade da igreja de Éfeso. Buscar o Reino de Deus não é tanta prioridade em nossas vidas hoje. Trocamos os momentos com Deus por um tempo de descanso em casa, trocamos Deus pelas telenovelas, trocamos Deus por um passeio no shopping, etc. Estamos na igreja, contudo, não queremos nos envolver com a igreja. Para muitos ser cristão é apenas vir a igreja aos domingos, ouvir um sermão bem preparado, cantar algumas canções e dar o dízimo e ofertas. A tais pessoas a Bíblia diz: ‘Tenho, porém contra ti que abandonastes o teu primeiro amor. Lembra-te, pois , de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não venho a ti e moverei do seu lugar o te candeeiro, caso não te arrependas.” Cristianismo autêntico demonstra-se em amor pela obra de Deus, e fazê-la com afinco e dedicação. Hoje, todos querem se qualificar para serem melhores profissionais, mas poucos querem se qualificar para serem melhores crentes. Muitos querem ser o melhor aluno na escola, na faculdade, em algum curso, mas poucos querem aprender acerca da Palavra de Deus na Escola Dominical e nos estudos Bíblicos. Muitos querem ser vistos como bons oradores, mas poucos querem investir tempo em vida de oração para falar com Deus. É, de fato precisamos voltar ao primeiro amor. 

Rev. Régis Silva
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