quinta-feira, 25 de abril de 2013

Você conhece a Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil?


Caso sua resposta seja negativa, creio que é o momento oportuno para despertar o seu interesse por ela. Nela, tanto liderança, como membresia descobrem quais são os seus direitos e deveres. Mormente, sabemos que somos dirigidos pela Bíblia, pois ela é a nossa única regra de fé e prática, junto a ela, não com igual poder, mas como diretriz doutrinária temos os nossos símbolos de fé, que são: a Confissão de Fé de Westminster, os Catecismos Maior e Menor. E para reger a nossa instituição (como organização) temos a Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil que rege todos os nossos Concílios; Conselho local, presbitério, Sínodo e Supremo Concílio. O Manual da IPB teve sua primeira edição em 1951, e desde então, tem sido uma instrumento valioso de consulta para a liderança e seus membros. Nela, descobrimos que nós nos definimos como uma federação de igrejas locais, que adota como única regra de fé a prática as Escrituras Sagradas do Velho e Novo Testamento e como sistema de expositivo de doutrina e prática a sua Confissão de Fé e os Catecismos maior e Menor como mencionamos acima ( art. 1ª). Descobrimos também que os membros da Igreja são comungantes e não comungantes: comungantes são os que tenham feito a sua pública profissão de fé; não comungantes são os menores de dezoito anos de idade, que batizados na infância, não tenham feito a sua pública profissão de fé E, Somente os membros comungantes gozam de todos os privilégios da igreja (Art. 12 e 13). Para alguém exercer cargo eletivo na igreja é indispensável o decurso de seis meses após a sua recepção; para o presbiterato ou diáconat, o prazo é de um ano, salvo casos excepcionais, a juízo do Conselho, quando se tratar de oficias vindos de outra Igreja Presbiteriana. ( § 2). Ou seja, ensinamos primeiro os neófitos preparando para o trabalho. Não atribuímos funções a quem deverá ainda estar aprendendo. Saberemos também que o ministro da Palavra ou pastor é o oficial consagrado pela igreja, representada no Presbitério, para dedicar-se especialmente à pregação da Palavra de Deus, administrar os sacramentos, edificar os crentes e participar, com os presbíteros regentes, do governo e disciplina da comunidade. (art. 30) E ainda, compete aos presbíteros regentes a) levar ao conhecimento do conselho as faltas que não puder corrigir por meio de admoestações particulares; auxiliar o pastor no trabalho das visitas; instruir os neófitos, consolar os aflitos e cuidar da infância e da juventude; orar com os crentes e por eles; informar o pastor dos casos de doença e aflições; distribuir a ceia... (art. 52). Agora, aos diáconos cabe dedicar-se especialmente a) a arrecadação de ofertas para fins piedosos; b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos; c) à manutenção da ordem e reverência nos lugares reservados ao serviço divino; d) exercer a fiscalização para que haja boa ordem na Casa de Deus e suas dependências. (art. 53). Você consegue perceber a fonte de conhecimento que este documento nos dá? Procure conhecê-lo mais adquirindo um exemplar do Manual Presbiteriano ou baixando sua versão em PDF. Creio que isso será bom para o seu desenvolvimento dentro da Oitava Igreja.



Rev. Régis Silva
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sexta-feira, 19 de abril de 2013

A oração negligenciada na vida da igreja


Para quem já leu algo a respeito do cotidiano de qualquer mulçumano saberá que "Salaat" é o nome dado por eles as suas orações obrigatórias que são praticadas cinco vezes ao dia, por todos os mulçumanos. Seguem piamente as orientações do profeta Muhammad. Embora não concordemos com suas práticas religiosas, não obstante, deveríamos nos envergonhar pelo descaso e mazela que nós cristãos temos tido com a oração. É triste dizer, mas é a pura verdade, o Islã tem levado a sério a oração muito mais do que nós que conhecemos a verdade. Vi postado num destes sites sociais uma figura que expressa uma grande verdade, de um lado uma foto com uma grande multidão num destes shows gospels, e paralelamente a esta foto, havia uma outra com uma senhora solitária dentro de uma igreja participando de uma reunião de oração. Que contraste pensei! Não sou contra shows gospels, apenas faço uma crítica as nossas prioridades. Temos disposição para irmos a um show gospel, a uma pizzaria, pegar um cinema em dias chuvosos e frios. Mas dias chuvosos e frios não "legais" para ir a igreja orar ou estudar a palavra. Trocamos uma reunião de oração por uma novela, por um amigo, por uma cama quentinha. Aí penso! Como alguns ainda acham que salvação é meritória e não pela graça, visto que nossas obras são ineficientes para nos justificar. Só a graça de Deus para fazer alguma coisa por pessoas que são egoístas, egocêntricas, individualista, que pensam apenas no bem estar próprio e não no Reino de Deus. Nos esquecemos que tudo provem de Deus, e sem Ele nada temos, e nada somos, porém tal conhecimento nunca vem a nossa mente a não ser que as intempéries da vida bata a nossa porta. Às vezes é necessário que Deus nos faça perder o conforto, o emprego, a saúde, a família para que lembremos que precisamos Dele. Se porventura algum de nós vivesse a experiência de Jó, a priori, creio eu, que dificilmente teríamos o mesmo comportamento de Jó. Ele buscava ao Senhor tendo tudo ou não tendo nada. Jó orava ao Senhor tendo tudo e não tendo nada. Declarou ele: "Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor ". Em tudo isso Jó não pecou nem de nada culpou a Deus. (Jó 1:21-22 ) Hoje, talvez, alguns de nós buscaria a Deus somente quando não tivesse nada, porque quando Deus dá tudo, logo nos esquecemos de quem deu, e não paramos nem para agradecer o lugar que conquistamos, o bem adquirido, a saúde restabelecida. Lamento que oração não seja mais a prioridade na vida de muitos crentes. É necessário que nos lembremos da advertência de Jesus aos seus discípulos no Getsemâni quando todos foram convocados a orarem com Ele: "Quando se levantou da oração e voltou aos discípulos, encontrou-os dormindo, dominados pela tristeza. Por que estão dormindo? ", perguntou-lhes. "Levantem-se e orem para que vocês não caiam em tentação!" (Lc 22:45-46.) Que Deus tenha misericórdia de um povo que não ora, que não busca e não se arrepende.


Rev. Régis Silva
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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Jogos de azar - pode ou não?


Já me fizeram esta pergunta várias vezes. Sou contra jogos de azar, mas este é o tipo de posição que admite revisão se me aparecerem argumentos melhores e mais coerentes do que aqueles que vou colocar aqui.

Entre os jogos de azar estão aqueles jogos permitidos por lei, que são as várias modalidades de loteria, os bingos - este último, muito usado até por igrejas cristãs e instituições - e os sorteios pelo telefone valendo dinheiro, carros e outros prêmios. Quem explora este tipo de jogo tem licença de órgão público competente. Mas nem por isso quer dizer que sejam jogos que convêm ao crente.

Temos também os jogos ilícitos, cujo mais popular é o Jogo do Bicho. Os cassinos são mais uma modalidade de jogos de azar cuja legalidade e implantação oficial está sendo discutida no Brasil. Para o cristão, o que realmente importa é se estas modalidades de jogo acabam por afetar algum princípio bíblico.

A Bíblia não proíbe de forma explícita os jogos de azar. Entretanto, nossa ética é elaborada não somente com aquilo que a Bíblia ensina explicitamente como também com aquilo que pode ser legitimamente derivado e inferido das Escrituras. Existem diversos princípios bíblicos que deveriam fazer o crente hesitar antes de jogar:

1. O trabalho é o caminho normal que a Bíblia nos apresenta para ganharmos o dinheiro que precisamos, Ef 4:28; 2Ts 3:12; Pv. 31. Quando uma pessoa não pode trabalhar, por motivos diversos, desde desemprego até incapacidade, ela deve procurar outros meios  de sustento e depender de Deus pela oração (Fp 4.6, 19). A probabilidade da situação do desempregado piorar ainda mais se ele gastar seu pouco dinheiro em jogo é muito grande.

2. Tudo que ganho pertence a Deus (Sl 24.1), e como mordomo, não sou livre para usar o dinheiro do jeito que quiser, mas sim para atingir os propósitos de Deus. E quais são estes propósitos? Aqui vão alguns mencionados na Palavra: (1) Suprir as necessidades da minha família (1Tm 5.8), o que pode incluir, além de sustento e educação, lazer e outras atividades que contribuam para a vida familiar; (2) compartilhar com os irmãos que têm necessidades e sustentar a obra do Evangelho (2Co 8-9; Gl 6:6-10; 3 João; Ml 3.10).

3. Deus usa o dinheiro para realizar alguns importantes propósitos em minha vida: suprir minhas necessidades básicas (Mt 6:11; 1Tm 6:8); modelar meu caráter (Filip 4:10-13); guiar-me em determinadas decisões pela falta ou suficiência de recursos; ajudar outros por meu intermédio; mostrar seu poder provendo miraculosamente as minhas necessidades. Jogar na loteria não contribui para qualquer destes objetivos.

4. Cobiça e inveja são pecado (Ex 20:18; 1Tm 6:9; Heb 13:5), e são a motivação para os jogos de azar na grande maioria das vezes. A atração de ganhar dinheiro fácil tem fascinado a muitos evangélicos.

5. Existem várias advertências no livro de Provérbios sobre ganhar dinheiro que podem se aplicar aos jogos de azar: o desejo de enriquecer rapidamente traz castigo (Pv 28.20,22); o dinheiro que se ganha facilmente vai embora da mesma forma (Pv 13.11); e riqueza acumulada da forma errada prejudica a família (Pv 15.27).

Uma palavra aos presbiterianos do Brasil: o Catecismo Maior da Igreja Presbiteriana do Brasil enquadra os jogos de azar como quebra do oitavo mandamento, “não furtarás”. Após fazer a pergunta, “Quais são os pecados proibidos no oitavo mandamento?” (P. 142), inclui na reposta “o jogo dissipador e todos os outros modos pelos quais indevidamente prejudicamos o nosso próprio estado exterior, e o ato de defraudar a nós mesmos do devido uso e conforto da posição em que Deus nos colocou”. É claro que esta posição oficial da IPB vale para seus membros, mas não deixa de ser interessante verificar os argumentos usados e sua aplicabilidade para os cristãos em geral.

É importante lembrar, ainda, que os jogos de azar são responsáveis por muitos males sociais, emocionais e jurídicos no povo, tanto de crentes como de não crentes. Menciono alguns deles:

1. O empobrecimento. Há pessoas que são cativadas pelo vício de jogar e, diariamente estão jogando. E, como só um ou poucos ganham, há pessoas que passam a vida toda jogando sem nunca ganhar. Não poucos perderam tudo o que tinham em jogos. Muitos pais de família pobres gastam o dinheiro da feira no jogo.

2. O vício de jogar apostando dinheiro. A tentação para jogar começa desde cedo a estimular uma compulsão entre crianças e jovens que começam a adquirir o hábito de “tentar a sorte”. Há milhares de jovens que já são viciados no jogo, especialmente com a vinda da internet e a possibilidade de jogos online com apostas.

3. Arruinar vidas e carreiras. Não são poucas as histórias de pessoas que se arruinaram financeiramente jogando na bolsa de valores – conheço pelo menos uma pessoa nesta condição – ou apostando em outros tipos de jogo.

4. Jogar dinheiro fora. As chances de se ganhar na loteria são piores do que se pensa. Para efeito de comparação, a probabilidade de uma pessoa morrer em um atentado terrorista durante uma viagem ao exterior é de 1 em 650 mil e atingida por um raio é de 1 em 30 mil. Se uma pessoa compra 50 bilhetes a cada semana, ela irá ganhar o prêmio principal uma vez a cada 5 mil anos.

Outra pergunta frequente é se as igrejas deveriam receber ofertas e dízimos de dinheiro ganho em loteria. Minha tendência é dizer que não deveriam. Guardadas as devidas proporções, lembro que no Antigo Testamento o sacerdote era proibido de receber oferta de dinheiro ganho na prostituição (Dt 23:18) e que no Novo, Pedro recusou o dinheiro de Ananias e Safira (At 5) e de Simão Mago (At 8:18-20).

Alguém pode dizer que o valor gasto nas apostas em casas lotéricas é muito pequeno. Concordo. Mas é uma questão de princípio e não de quantidade. Quando o que está em jogo são princípios, um centavo vale tanto quanto um milhão.


                                                                                             Augustus Nicodemus Lopes
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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Livre-se do ressentimento!




Você já teve em seu coração o sentimento de ressentimento? Creio que sim! É impossível a qualquer ser humano não ter experimentando tal sentimento em seu coração em algum momento dentro de nossas relações humanas. Palavras ditas e não ditas, atos feitos e não realizados, podem desencadear este sentimento que corrói a alma de muitos homens e mulheres. Este sentimento não é exclusividade dos adultos, pois existem muitas crianças e adolescentes ressentidas com a vida, com os pais, e em outras relações sociais fora do contexto familiar. Devido a Bullyng, preconceito, por causa dos aproveitadores de homens, mulheres, crianças e idosos de baixa auto-estima. O ressentido não quer esquecer o que lhe fizeram ou disseram, não existe perdão para a ferida causada por outrem. O ressentido não quer deixar no passado as lembranças que mormente machucam. Tal sentimento apodrece a alma, cria o desejo de vingança, cólera, o desejo da maldade. Saliva-se venenos, há desapontamento com a vida, descontamos as nossas lamúrias até em quem sempre faz o bem a nós. Nos distanciamos do mundo e criamos o nosso próprio mundinho cercado com paredes grossas para a nossa "proteção". Jesus teve todos os motivos para ser um homem ressentindo e não o foi. Embora fosse Ele ultrajado, maltratado e humilhado muitas vezes. Por exemplo: Foi rejeitado na terra em que foi criado (Nazaré), após ter ensinados e proferido palavras transformadoras declararam: Não é este o filho do carpinteiro? O nome de sua mãe não é Maria, e não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? (Mt 13:55). O Mestre não teve honra na sua própria casa. Além disso, Cristo foi traído pelo seu tesoureiro (Judas Iscariotes) com um beijo (Mt. 26: 47-52) por causa de 30 moedas de prata (Mt. 26: 14). Não obstante, o Pedro que disse que jamais o negaria, o negou no momento que ele mais precisava. Pensado nessas realidades como falta de honra, traição, ouvir de um amigo que ele nunca te conheceu no momento que você mais precisaria dele, seriam motivos suficientes para que Jesus fosse uma das pessoas mais ressentidas da face da terra, contudo, Ele mesmo assim, foi capaz de morrer numa cruz por amor ao povo de Nazaré (Jo. 3: 16). Foi capaz de chamar o traidor Judas de amigo, mesmo após a traição (Mt. 26: 50) Foi capaz de reencontrar um amigo que disse que nunca o negaria, e o negou (Mc. 14: 31) quando estava sofrendo as injurias e os maus tratos realizados pelos soldados do sumo-sacerdote. Por fim, ainda assim Jesus após ressurgir dentre os mortos aparece a Cefas e declara: Está tudo bem Pedro! Apascentas as minhas ovelhas (Jo. 21:17). Podemos aprender com Jesus a trabalhar mais as nossas emoções, não permitindo que pequenas coisas tirem as nossa paz e quebrem também as nossas relações sociais. Jesus foi capaz de perdoar até os seu algozes que o martirizaram dizendo: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo (Lc 23:34 Ou seja, o caminho para a cura do ressentimento é o perdão e quem não perdoa será sempre escravo de um sentimento amargo que a Bíblia trata como pecado.


Rev. Régis Silva
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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dízimo, uma prática bíblica a ser observada


Há uma enxurrada de comentários tendenciosos e distorcidos circulando as redes sociais, em nossos dias, atacando a doutrina dos dízimos. Acusam os pastores que ensinam essa doutrina de infiéis e aproveitadores. Acusam as igrejas que recebem os dízimos de explorar o povo. Outros, jeitosamente, tentam descaracterizar o dízimo, afirmando que essa prática não tem amparo no Novo Testamento. Tentam limitar o dízimo apenas ao Velho Testamento, afirmando que ele é da lei e não vigente no tempo da graça. Não subscrevemos os muitos desvios de igrejas que, laboram em erro, ao criarem mecanismos místicos, sincréticos e inescrupulosos para arrecadar dinheiro, vendendo água fluidificada, rosa ungida, toalha suada e até tijolo espiritual. Essas práticas são pagãs e nada tem a ver com ensino bíblico da mordomia dos bens. O fato, porém, de existir desvio de uns, não significa que devemos afrouxar as mãos, no sentido de ensinar tudo quanto a Bíblia fala sobre dízimos e ofertas. Destaco, aqui, alguns pontos para nossa reflexão. Em primeiro lugar, a prática do dízimo antecede à lei. Aqueles que se recusam ser dizimistas pelo fato de o dízimo ser apenas da lei estão rotundamente equivocados. O dízimo é um princípio espiritual presente entre o povo de Deus desde os tempos mais remotos. Abraão pagou o dízimo a Malquizedeque (Gn 14.20) e Jacó prometeu pagar o dízimo ao Senhor (Gn 28.22), muito antes da lei ser instituída. Em segundo lugar, a prática do dízimo foi sancionada na lei. O princípio que governava o povo de Deus antes da lei, foi ratificado na lei. Agora, há um preceito claro e uma ordem específica para se trazer todos os dízimos ao Senhor (Lv 27.32). Não entregar o dízimo é transgredir a lei, e a transgressão da lei constitui-se em pecado (1Jo 3.4). Em terceiro lugar, a prática do dízimo está presente em toda Bíblia. A fidelidade na mordomia dos bens, a entrega fiel dos dízimos e das ofertas, é um ensino claro em toda a Bíblia. Está presente no Pentateuco, os livros da lei; está presente nos livros históricos (Ne 13.11,12), poéticos (Pv 3.9,10) e proféticos (Ml 3.8-10). Também está explicitamente ratificado nos evangelhos (Mt 23.23) e nas epístolas (Hb 7.8). Quanto ao dízimo não podemos subestimá-lo, sua inobservância é um roubo a Deus. Não podemos subtraí-lo, pois a Escritura é clara em dizer que devemos trazer “todos os dízimos”. Não podemos administrá-lo, pois a ordem: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro”. Em quarto lugar, a prática do dízimo é sancionada por Jesus no Novo Testamento. Os fariseus superestimavam o dízimo, fazendo de sua prática, uma espécie de amuleto. Eram rigorosos em sua observância, mas negligenciam os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Jesus, deixa claro que devemos observar atentamente a prática dessas virtudes cardeais da fé cristã, sem omitir a entrega dos dízimos (Mt 23.23). Ora, aqueles que usam o argumento de que o dízimo é da lei, e por estarmos debaixo da graça, estamos isentos de observá-lo; da mesma forma, estariam também isentos da justiça, da misericórdia e da fé, porque essas virtudes cardeais, também, são da lei. Só o pensar assim, já seria uma tragédia! Em quinto lugar, a prática do dízimo é um preceito divino que não pode ser alterado ao longo dos séculos. Muitas igrejas querem adotar os princípios estabelecidos pelo apóstolo Paulo no levantamento da coleta para os pobres da Judéia como substituto para o dízimo. Isso é um equívoco. O texto de 2 Coríntios 8 e 9 trata de uma oferta específica, para uma causa específica. Paulo jamais teve o propósito de que essas orientações fossem um substituto para a prática do dízimo. Há igrejas na Europa e na América do Norte que estabelecem uma cota para cada família para cumprir o orçamento da igreja. Então, por serem endinheirados, reduzem essa contribuição a 5% ou 3% do rendimento. Tem a igreja competência para mudar um preceito divino? Mil vezes não! Importa-nos obedecer a Deus do que aos homens. Permaneçamos fiéis às Escrituras. Sejamos fiéis dizimistas!
Rev. Hernandes Dias Lopes
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